O estatuto do aluno e os intervenientes na educação

É com muito agrado que leio uma notícia no Público em que o secretário de estado do ensino e administração escolar, João Casanova de Almeida diz:

“Aqueles que são professores que saibam que nós lhes reconhecemos autoridade e que tudo faremos para que ela volte a estar na linha da frente das preocupações de todos, pois só assim poderemos dignificar e dar valor social à educação”

Para mais à frente sobre o estatuto do aluno referir:

“Não podemos alicerçar um documento como o estatuto muito mais baseado em direitos do que em deveres”

Considera ainda que os pais também têm de ser responsabilizados e que estes têm “de dar valor social à educação”
Terminando com:

“Se o Estado tem à disposição de toda a população recursos para que seja garantida a sua Educação, não pode deixar de ser responsabilizado cada um dos intervenientes”, declarou.

É um discurso que tem andado afastado completamente da escola. A educação faz parte de todos os intervenientes da sociedade, com uma ênfase maior nos pais, a principal função da escola é ensinar, preparar para inserir o jovem socialmente, culturalmente e profissionalmente. Para que os professores a possam colocar em prática é urgente a responsabilização de todos os intervenientes.
Foi com bastante esperança que vi esta notícia e que espero sinceramente que o “novo” estatuto do aluno seja realmente um documento muito baseado em deveres.
Não digo isto para defender o meu queijo, mas porque gosto de ensinar e sei que todos o fazemos melhor quando o rigor e a exigência impera. E para isso, é preciso a autoridade que se perdeu!